terça-feira, 7 de julho de 2015

Desenvolvimento Integral

Falar em controle, em querer que as coisas aconteçam da forma que imaginamos, é arrogar-se em não querer deixar que a vida seja vida. Tudo que acontece vem de forma natural, ao deixar-se levar pela vida, botando nosso coração em suas mãos como o pequeno bebê está totalmente entregue aos cuidados de sua mãe.
O problema é o desejo, pois ela é a mola mestra da sociedade em que vivemos, e está estampada na mídia em mensagens subliminares, que nos dá a certeza que a realidade é o justo contrário: tudo depende de nós, e atingiremos os objetivos se nos empenharmos ao máximo no que for. É claro que qualquer ação pré-meditada é fruto do ego no indivíduo que não se deixa ser.
Cada indivíduo tem sua configuração, e se a programação é do mesmo ser um trabalhador inverterado, assim ele será. Se a sua configuração é a de alguém que move a passos lentos, e não liga muito para o tema da ambição, a vida não o rejeita, e dá a oportunidade de deixar tudo ser.
Vendo assim, podemos concluir que o passo mais importante para o indivíduo é entregar de todo coração ao seu próprio coração todas as nuances de atitudes tomadas durante os dias, sabendo que o que tiver que ser a partir deste corpo-mente, assim será.
A confiança tem como subproduto uma vida mais harmônica, o que não quer dizer que na entrega não haverá muita ação, que pode ser o justo contrário, dependendo da configuração de cada um.
Quando não há obstáculo impedindo a energia vital de se manifestar neste corpo-mente, acho até que há mais comprometimento seja nas relações interpessoais, seja no trabalho exercido, podendo-se chegar a ser - sem que haja qualquer plano neste sentido - uma luz a brilhar pelos olhos, em benefício do desenvolvimento integral do ser humano.

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